História do GECCAL

Narrada por Narcizo Rocha


Na falta de um psicômetra utilizaremos dos recursos da memória para fazer um escorço da história desse Grupo Espírita, plantado nessa cidade com o objetivo de propagar o Espiritismo e de socorrer, consolando, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, as pessoas que buscam as respostas para suas lutas em face das provações e expiações terrenas, e também a compreensão do mundo espiritual.

Já se vão 40 anos, desde que, em 2 de janeiro de 1971, um grupo de irmãos decididos e afinizados com os princípios da Doutrina Espírita, originários de outro centro espírita local que já tinha suas bases ajustadas e definidas, cogitaram da possibilidade de fundar mais um centro espírita em Sobradinho, cuja população estava emergente e necessitada.

Naquela época um centro espírita parecia ser o suficiente para uma cidade pouco habitada. Inclusive, havia pessoas que achavam uma temeridade iniciar-se outro, pois soaria como dissensão, concorrência ou disputa. Mas havia ideal superior na idéia, uma vez que baseava-se no que ocorria em Uberaba. Por lá, Chico Xavier fazia todo aquele trabalho missionário, e mesmo assim, existiam vários centros espíritas trabalhando na divulgação da Santa Doutrina, somando dessa forma, as possibilidades de difusão.

O grupo que compôs a primeira Diretoria era constituído das seguintes pessoas: Danton Tavares da Fonseca, Cecyrene Tupy Vieira da Fonseca, Josef Gomes Sobral, Terezinha de Jesus Romualdo Sobral, Narcizo Benavenuto da Rocha, Lêda Benta da Rocha, José Ribeiro Santiago e Maria Borges, que tiveram a coragem e determinação de fundar o “A Caminho da Luz”. Outros companheiros foram solidários na idéia de fundação do Grupo Espírita, não tendo seus nomes constados na ata de fundação por motivos variados, como foi o caso do Dr. Aymoré Vaz Pinto, que estava partindo para o México, Carlos Augusto de São José que já estava vinculado a outros compromissos, Regina Behr por ser de menor idade e Rogério Behr, por motivo não declinado.

A idéia surgiu quando ainda se fazia o culto do evangelho no lar, na residência do narrador. Já havia no Grupo alguns médiuns como D. Terezinha, D. Maria Borges e D. Lêda. Posteriormente, as reuniões do evangelho no lar foram transferidas para os sábados às 20 horas na residência de D. Maria Borges, que residia na Quadra 5, conjunto A, casa nº 29, em Sobradinho. Nessas reuniões, iniciaram-se as primeiras comunicações mediúnicas. Contudo o foco das discussões, em torno da idéia, acontecia na Quadra 6, conjunto E, casa nº 2, residência de Narcizo e Lêda.

Qual era a idéia principal? Fundar um centro espírita que primasse pelo estudo e pela divulgação da Doutrina Espírita e que praticasse uma assistência social aos necessitados numa margem de 10% do volume de suas atividades, para que não houvesse prejuízo para a parte doutrinária. Mas não bastava a idéia principal, era o momento de escolher um nome...

Depois de acertado o objetivo do novo centro espírita, faltava definir o nome e a data de fundação. O nome foi escolhido na própria reunião. Como estávamos há 3 dias de começar o ano de 1971 e precisávamos de uma referência para o novo centro, solicitou-se aos presentes para que dessem sugestões e as colocassem em uma caixinha. Danton, disse, que gostaria que fosse dado um nome que expressasse, com clareza, o que seria a nova Instituição. Daí, surgiram várias idéias como: Centro Espírita Caminho, Verdade e Vida, Centro Espírita Fé e Caridade, mas foi sorteado, pela menina Lúcia, filha de Maria Borges, o nome Grupo Espírita-Cristão “A Caminho da Luz”, inspirado na obra do mesmo nome, de autoria do espírito Emmanuel, psicografada por Francisco Cândido Xavier.

Quanto à data de fundação preferiu-se o dia 2 de janeiro, por ser a data magna de fundação da Federação Espírita Brasileira, nascendo assim o “A Caminho da Luz”, cognominado, mais tarde, de GECCAL, ansiando orientação federativa.

Desejando-se ainda um endosso para o Grupo nascente, em fevereiro de 1972, foi feita uma visita ao médium e apóstolo Chico Xavier, que consultado sobre a decisão de se fundar o GECCAL, deu a seguinte orientação: Jesus espera que se faça alguma coisa. E foi só, e o suficiente para a surpresa do emissário, que só foi entender a orientação, por intuição, no outro dia, quando viajava com sua família, a passeio para a cidade de Florianópolis.

O GECCAL surgiu como um filho que precisava crescer em rumo seguro, e, para isso, precisava de uma sede, onde operasse sua programação e atraísse outros colaboradores e simpatizantes da Doutrina.

Precisava-se de um local para a sede do GECCAL, pois havia anseios de se fazer alguma coisa. Narcizo e Danton procuravam em todos os lugares. Até se pensou no aluguel de um espaço provisório. Mas, ao passarem por um lote vazio na quadra 12, o primeiro exclamou: “__ Quem sabe este lote pode ser comprado da TERRACAP!” Danton argumentou que aquele lote seria do IPASE (antigo Instituto de Aposentadoria dos Servidores Públicos) ou da UnB, tendo Narcizo contra-argumentado que não era de nenhum dos dois órgãos e que seria melhor consultar a Administração Regional. Não deu outra coisa: o terreno estava vago e podia ser comprado.

Daí em diante, iniciou-se a batalha!

Entrou-se com o requerimento solicitando a doação, mas a TERRACAP respondeu que se os interessados desejassem comprar o terreno deveriam comprovar que tinham poder econômico para efetuar a compra, devendo anexar ao processo, o extrato bancário de disponibilidade financeira. Como não se tinha nenhum recurso, teve-se a idéia de todos os membros da Diretoria depositarem seus ordenados na conta do GECCAL, por uma semana, até que se pudesse retirar o famigerado extrato. Feito isso, conseguiu-se o primeiro documento exigido. Faltava a construir a sede...

Muitas reuniões, andanças e contatos com a TERRACAP, eram constantes. Enquanto isso, providenciava-se uma promoção beneficente para arrecadar fundos, visando a compra do imóvel. Conseguiu-se com o gerente do “Cine Alvorada”, único cinema existente em Sobradinho, o empréstimo de um filme, que na época estava fazendo sucesso, “Deu a Louca no Mundo”. O cinema funcionava onde, atualmente, existe o mercado “Super-Maia”. Esse filme foi uma benção de Deus! É certo que trabalhamos bastante, vendendo ingressos por fora e propagando ao máximo, através de faixas e cartazes, e sendo assim, o resultado foi expressivo. Mas, a maior bênção daquele dia, mostrou-se num fenômeno espetacular, que só os Bons Espíritos sabem demonstrar em nome de Deus. Terminada a sessão cinematográfica, chegou o irmão Sobral que tinha passado na TERRACAP e trazia a boa notícia: havia sido autorizada a venda do lote, mas era necessário pagar a primeira parcela do financiamento. Mas, qual não foi a surpresa! Quando se conferiu o dinheiro arrecadado, não faltou nem sobrou um centavo: a quantia foi exata. A alegria foi geral. Não sabíamos quem estava mais contente, se o pessoal do GECCAL ou as pessoas que assistiram aquela comédia.

Para que se abrisse o GECCAL ao público, precisava-se de um local mais espaçoso, do que a cozinha da casa de Maria Borges, onde fazíamos as reuniões aos sábados. Não se perdeu tempo. Danton, que era o presidente, juntamente com o vice, Narcizo, idealizaram um barraco, já no lote adquirido. Compraram na Madeireira Tavares, o material necessário, à prestação, e, construíram a sede do Grupo, que tinha em torno de 60 m2. Foi esse o local onde funcionaram as atividades de divulgação e assistência espiritual durante anos.

Tendo a frente esse desafio, porque a TERRACAP fixou prazo para a construção, iniciou-se um esforço constante, promovendo-se almoços beneficentes, listas de doações, coletas e vendas de papéis e derivados, filmes, etc.

O projeto inicial da obra foi elaborado, gratuitamente, pelo espírita e desenhista Israel Quirino, que prestava serviço à Federação Espírita Brasileira, na Seção Brasília. Os cálculos de ferragem e assistência à execução da obra foram prestados pelo saudoso irmão Gilberto Marocolo, a quem muito ficamos devendo pela sua dedicação.

Enquanto se cogitava da obra, as atividades como palestras, passes, evangelização, estudo doutrinário, reunião de desobsessão, tinham franco progresso no barraco de madeira, que carinhosamente, pela sua estrutura simples, era chamado, por alguns, de “centrinho”.

Dificuldades materiais foram muitas e uma delas ficou registrada como um marco histórico. O terreno era muito pedregoso, acúleos gigantes dificultavam o acesso de veículos e para a construção teve-se que destruir as cabeças de pedra. Fazia-se mutirão aos sábados e domingos. Aqueles irmãos que não tinham trato com serviços pesados, pegavam as sobras de madeira, armavam fogueiras intensas sobre as pedras e quando aquelas estavam bem aquecidas, jogavam água fria em cima, para promover estouros e rachaduras. Ali, malhavam com uma marreta de 5 kg para destruir as rochas...

Há um brocardo que diz: querer é poder! É verdade, quando a vontade é maior que as possibilidades, tudo pode acontecer. Há imaginação, criatividade, intuição, serviço, coragem, perseverança, realização, satisfação entusiasmo e alegria. E foi isso que impulsionou a Diretoria do GECCAL na construção de sua sede.

Recursos provindos do trabalho como venda de papéis, jornais, revistas, papelão, películas de filmes, almoços beneficentes, barraquinhas juninas, lista de colaboradores, etc., o que vinha honestamente, sem utilização de bebidas alcoólicas, era utilizado na produção de recurso sustentável. O trabalho era dos espíritas integrados à Instituição para levantá-la com esforço, renúncia e sacrifício.

Houve obstáculos materiais e influências de ordem espiritual, tanto negativas quanto positivas, mas as últimas prevaleceram. O terreno apresentava um desnível bastante acentuado que até hoje se pode notar, entretanto sempre surgia uma sugestão positiva, alguém que trazia uma solução, como o foi no caso de preencher-se o vão do desnível do terreno com aterro. Nessa ocasião um inesquecível amigo, o Sr. João Novaes, já desencarnado, interferiu junto ao Diretor do Departamento de Estradas e Rodagem do DF, Dr. Nide, e com a ajuda dessa autoridade conseguiu-se 80 caminhões de aterro, aproximadamente, que foi uma dádiva em favor da obra.

Antes da etapa acima lutamos com uma enorme rocha que dificultava o acesso de veículos ao terreno, e muitas vezes, tivemos momentos de dificuldades para circular naquele espaço. Ainda se tem guardada, como lembrança: uma marreta de peso equivalente a cinco quilos que foi utilizada pelos membros da Diretoria, nos mutirões de demolição do poderoso calhau. Como não se podia utilizar dinamite, fazia-se grande fogueira sobre a rocha e quando aquela estava bem quente, jogava-se água fria na superfície, provocando rachaduras para malhar com a marreta, que descia vigorosa, utilizando-se o revezamento dos companheiros.

Houve também investida de autoridades locais, que não queriam o GECCAL onde ele foi erguido. Propostas e sugestões de desocupação do local foram constantes, mas se manteve a postura de quem começou uma obra para ir até ao fim. A alegação era que o projeto era muito humilde, baixo e fora de gabarito. Foi quando se apresentou para regularização o que já se tinha realizado. Então outro fenômeno ocorreu. Ao ver as plantas do projeto, o Administrador Regional, que nos assediava com idéias de mudança, num gesto de admiração disse: “Isso sim é que é um projeto ambicioso”, Mas, na realidade o projeto era o mesmo que ele criticara! Acreditamos que, mais uma vez, houve intervenção espiritual a favor da obra.

“O tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais”. (Correio Entre Dois Mundos, pág. 135, Hernani T. Santana, Espiritismo de A a Z).

Com o projeto aprovado, contando com ajuda de alguns companheiros que iam chegando aos pouquinhos, foi possível, depois de ajuntar algum dinheiro, originário de almoços beneficentes e coletas de papéis, pensar em começar a fundação da obra.

Um dia, à tardinha, encostado ao barraco de madeira juntamente com José Ribeiro Santiago, cogitávamos de dar início ao levantamento da estrutura. Mas como seria possível, com tão pouco recurso? “É”, concluíamos, “mas temos que começar”. Mal tínhamos encerrado o diálogo quando aparece um senhor transportando uma pequena maleta. Dirige-se para nós, cumprimenta-nos e pergunta: “Vocês sabem de algum serviço por aqui? Estou sem dinheiro, minha conta no armazém está alta e estou sem trabalho, por acaso vocês tem algum serviço?” Olhamos um para o outro, perguntamos a profissão do recém-chegado, que nos confirmou ser pedreiro. Falamos também de nossas dificuldades. Chegamos a um acordo, iniciando imediatamente o serviço e quando foi concluída a construção das vigas da base, não tínhamos mais dinheiro, mas também não estávamos devendo nada: foi a conta certa.

Tudo foi muito devagar, com sacrifício e persistência até o dia da inauguração da sede definitiva. Não é possível precisar a data, porque o primeiro livro de atas e registros especiais foi perdido, mas aconteceu por volta das 10 horas da manhã, de um domingo, do 2º semestre do ano de 1979, num movimento fraterno de união com a Federação Espírita do Distrito Federal. Não tendo ainda forro no auditório, sob o gorjeio de um bando de pardais e uma alegria interna indizível, foi pronunciada a primeira palestra espírita na sede. A FEDF trouxe um orador, residente em Uberaba – MG, que fez uma magistral exposição doutrinária, digna e apropriada à inauguração definitiva de uma casa espírita. Havia gente falando que nunca tinha presenciado a inauguração de um centro espírita daquele jeito, outros falavam de uma assistência espiritual elevada, como se prenunciasse um compromisso entre os homens e os Espíritos Superiores, visando um programa espiritual que ainda não podíamos aquilatar. Não houve comes e bebes, mas um banquete espiritual que alimentou de esperança a todos os presentes em um ideal superior e divino.

A obra material estava crescendo, mas junto com ela também a obra espiritual. Fazia-se a Campanha do quilo, conhecida hoje como Campanha Auta de Souza, atividade para pedir mantimentos, roupas e agasalhos para os necessitados, assistidos pelo Grupo. Descobriam-se pessoas necessitadas de pão e agasalho, mas também, de assistência espiritual. Algumas vezes recebia-se a negativa de corações endurecidos, como foi o caso ocorrido em uma loja da Avenida W3 Sul, em Brasília, quando uma senhora lojista perguntou à irmã Maria Borges, para quem ela pedia. Ela respondeu que era para as crianças assistidas por um centro espírita, então a senhora exclamou: “Espiritismo! Cruz credo!” O que Maria Borges respondeu: “Um cruz credo para a senhora também”; e seguiu em frente. D’outra feita aconteceu com José Santiago, que ao tentar recolher os saquinhos com os mantimentos teve a seguinte resposta: “Vai trabalhar, vagabundo! Um homem dessa idade, um marmanjo, andando pedindo na porta dos outros!” Então Santiago lhe disse: “Isso que você está me dizendo é o que mereço, agora põe aí nos saquinhos o que é para os pobres!”

Quando inaugurou-se a sede, o Grupo já contava com 8 anos de idade. As atividades resumiam-se em palestras públicas, evangelização da infância e estudo doutrinário, um grupo mediúnico de desobsessão e palestras e aplicação de passes magnéticos.

Quando da fundação, logo na primeira semana de existência, a iniciativa da Diretoria foi filiar o Grupo ao órgão federativo local. O contato com a Federação Espírita do DF e também com a FEB, propiciou relações favoráveis. Eminentes espíritas atenderam nosso convite e através de palestras e conversações foi possível a troca de experiências, as quais trouxeram orientação segura e progresso aos programas de trabalhos visados pelo Grupo.

Os trabalhadores foram surgindo, nas áreas doutrinárias, mediúnicas, de evangelização de adultos, de crianças e jovens, com isso os programas e atividades foram crescendo e se ajustando de forma que a Instituição passou, pela obras que ali foram e ainda são realizadas, a receber manifestações de credibilidade da sociedade e das demais organizações espíritas, e, com certeza, também da Espiritualidade Superior.

Há muitas pessoas que contribuíram decisivamente para o progresso do GECCAL, que poderiam ser aqui mencionadas, mas com receio de se omitir nomes e praticar alguma injustiça, devido a escassez de registro e falha de memória, vamos mantê-las em lembrança no âmago de nossos corações.

Alguns servidores contribuíram e ainda mourejam no Grupo, outros atualmente prestam serviços em instituições beneméritas de projeção regional e nacional o que constitui uma grande satisfação em ter o Grupo colaborado na preparação de trabalhadores que são reconhecidos porque tiveram uma evangelização sólida e surgiram de uma instituição séria.

Já afirmaram alguns médiuns, através de suas percepções sensitivas, e, mesmo pela voz dos Espíritos benfeitores, que no GECCAL tremula a bandeira de Ismael, guia espiritual do Brasil. Nisso acreditamos, porque o Grupo tem sido fiel a Doutrina Espírita e também contribuído, mesmo que insignificantemente, diante da grandiosidade da obra de Unificação pelo Espiritismo, com os Órgãos de Unificação desde a sua fundação.

Eventos e seminários com o intuito de motivar o entusiasmo e contribuir para o desenvolvimento dos trabalhadores e freqüentadores do GECCAL, tem sido realizados periodicamente, e pessoas ilustres, com invejados conhecimentos doutrinários como, José Jorge, Umberto Ferreira, Jason de Camargo, Dalva Silva Souza, Nestor João Masotti (presidente da FEB), César Perri, José Raul Teixeira, Divaldo P. Franco, e outros expositores não menos considerados, já passaram por essa Casa trazendo suas vibrações e suas valiosas contribuições.

O tempo foi passando, os primeiros trabalhadores da Casa foram envelhecendo, uns se afastaram ou desencarnaram, outros foram chegando, somando trabalho aos que permaneceram até que o estatuto foi reformado várias vezes, para se ajustar à realidade do progresso e às leis do país, assim como todos, que precisamos nos reformar Intimamente para não permanecemos estacionários diante da lei de evolução que é um processo dinâmico e inevitável.

Nesse período, os trabalhos foram idealizados, mais pela intuição e necessidades. Atualmente a visão é mais amadurecida, já se pensa um pouco mais antes de agir, e uma ação de planejamento está sendo elaborada e implantada para que as atividades emanem de decisões equânimes, ajustadas à realidade, não por uma só pessoa, mas por uma equipe ou direção. Os programas serão adrede elaborados pelas diversas Coordenações, mas, decididos pela Direção do GECCAL, seguindo os objetivos estatutários e a fidelidade à Doutrina dos Espíritos codificada por Allan Kardec e complementada pelos postulados Espirituais Superiores.

O Grupo passa por um momento histórico, vivenciando em seus murais e fora dele a Doutrina dos Espíritos com a participação de jovens e adultos, num processo de integração e solidariedade cristã. Esse amplexo de luz e esperança se divide com os freqüentadores e assistidos pela Casa, com a infância e seus progenitores. O futuro da Instituição é promissor se os espíritas, que amam a Doutrina e a Jesus Cristo, se doarem, irmanados na sustentação do bem, tendo a compreensão de que uma Casa Espírita, por mais humilde que seja, é um educandário de luz norteando consciências na direção de Deus.

Quando da realização do 3º Congresso Espírita Brasileiro, promovido pela FEB, em homenagem aos 100 anos de nascimento de Chico Xavier, os trabalhadores do GECCAL empenhando-se em atividades de colaboração, numa ação de solidariedade, mostravam ali o retrato do que se espera para o futuro desta Casa Espírita, onde os jovens são as esperanças de uma realidade nova e promissora da grande causa do Mestre Jesus – União, Amor, Trabalho e Solidariedade.

No mês de abril de 2011, em comemoração às 4 décadas de trabalho realizado em nome de Deus, um programa de palestras e seminários foi realizado nesta Casa de amor ao próximo. Tivemos amigos expressando o verbo inflamado de amor, mas também a palavra madura, conscienciosa e experiente do presidente da FEB, Sr. Nestor João Masotti, que nos falou do trabalho da Federação Espírita Brasileira e explicou a importância e necessidade de união em torno da unificação pelo Espiritismo.

Irmãos, não poupem esforços para manter essa chama de luz e esperança. O serviço sempre requer revisão de qualidade, portanto, não se contentem com o que já foi feito, isso é apenas um começo; devemos crescer com a Doutrina e com o crescimento das necessidades morais e espirituais do próximo que sempre esperam dos servidores do Cristo Jesus, o esclarecimento da verdade, o conselho maduro, o consolo balsâmico e a fé alicerçada na razão e no exemplo.